Por Mangata / 11/06/2025
A nova dolce vita: por que a Itália se tornou o destino preferido de HNWIs
A Itália sempre foi associada ao estilo, à arte, à boa comida e à beleza atemporal. Mas, nos últimos anos, o país passou a atrair um novo perfil de estrangeiros: indivíduos e famílias de alto patrimônio (High Net Worth Individuals — HNWIs) que buscam mais do que qualidade de vida — buscam eficiência fiscal, estabilidade e um ambiente seguro para a preservação e o crescimento do seu capital global.
Esse movimento não é casual. Com a introdução da flat tax e outros incentivos estratégicos, a Itália consolidou-se como uma jurisdição fiscalmente competitiva e, ao mesmo tempo, culturalmente enriquecedora para quem deseja transferir sua residência fiscal.
Sofisticação, exclusividade e estilo de vida
Para quem está habituado a elevados padrões de conforto, privacidade e serviços de excelência, a Itália oferece muito mais do que belas paisagens. Grandes propriedades em regiões como Toscana, Lago di Como, Costa Amalfitana ou Sardenha garantem discrição, qualidade de vida e acesso a experiências exclusivas.
A gastronomia é outro destaque. Restaurantes estrelados, mercados de produtos regionais premium e vinhos premiados fazem parte da rotina de quem escolhe viver na Itália. O país também abriga algumas das melhores escolas internacionais da Europa, com currículos britânicos, americanos e IB (International Baccalaureate), atendendo famílias que priorizam educação internacional de alto nível.
Somam-se a isso centros médicos de referência mundial, serviços de saúde privados de excelência e a localização estratégica: residir na Itália permite acesso rápido aos principais centros financeiros e culturais da Europa, com infraestrutura de transporte de alto nível.
A flat tax: um regime fiscal estruturado para HNWIs
O principal diferencial da Itália para quem busca mudar sua residência fiscal é o regime da flat tax, introduzido em 2017 e atualizado em 2024.
Indivíduos que estabeleçam residência fiscal na Itália e que não tenham sido residentes nos últimos 9 de 10 anos anteriores podem optar por um imposto fixo de €200 mil anuais sobre todos os rendimentos de origem estrangeira, independentemente do volume total.
Quem já havia aderido ao regime antes da atualização de 2024 mantém a taxa anterior de €100 mil anuais. A nova regra aplica-se exclusivamente a novos residentes fiscais.
Entre as principais características da flat tax:
- Previsibilidade fiscal absoluta: um valor fixo, independentemente da rentabilidade ou flutuações de mercado;
- Cobertura global: rendimentos como dividendos, juros, aluguéis e ganhos de capital de origem estrangeira estão integralmente incluídos;
- Isenção sucessória e de doações: ativos financeiros, empresariais e imobiliários mantidos fora da Itália ficam isentos de impostos sucessórios e de doação;
- Extensível a familiares: por €25 mil anuais adicionais, cônjuges, filhos (inclusive adotivos), pais e irmãos podem ser incluídos no regime;
- Vigência de até 15 anos, proporcionando estabilidade fiscal de longo prazo.
Para manter o benefício, o residente deve permanecer pelo menos 183 dias por ano na Itália, comprovar domicílio com aquisição ou locação de imóvel e realizar o registro oficial junto ao Anagrafe (registro da residência municipal).
Imóveis e diversificação patrimonial com eficiência fiscal
Além do tratamento tributário sobre renda, a Itália oferece um ambiente favorável para a aquisição de imóveis e a diversificação do portfólio internacional.
A compra de imóveis na Itália envolve impostos entre 2% e 9%, conforme o tipo de propriedade e seu uso. Importante: o patrimônio imobiliário detido fora da Itália permanece totalmente isento de tributação para beneficiários da flat tax.
O mercado imobiliário italiano oferece oportunidades em imóveis históricos de altíssimo padrão, propriedades rurais de prestígio, residências contemporâneas nos grandes centros urbanos e empreendimentos exclusivos à beira-mar — combinando investimento patrimonial sólido com estilo de vida elevado.
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